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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Santo Hilário de Poitiers - 13 de Janeiro

 
 
 
Hilário era de nacionalidade francesa. Acredita-se que tenha nascido no ano 315, de família rica e pagã, recebeu educação e instrução privilegiada. Durante anos buscou na filosofia as respostas para as seus questões em busca da Verdade. Mas só as encontrou no Evangelho e por isso se converteu ao cristianismo.
 
Foi batizado aos trinta anos de idade, juntamente com a sua esposa e a sua filha, Abrè, a quem amava ternamente. A partir de então, passou a levar uma vida familiar guiada pelos preceitos cristãos.
 
Este era um período de paz externa para a Igreja, que precisava de se fortalecer no seu próprio interior. Mas que, no entanto, se apresentava cheia de pequenas rupturas internas, provocadas principalmente pela "heresia ariana", uma doutrina que negava a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
 
Foi justamente pela vida exemplar que levava, assim como pelos seus conhecimentos intelectuais e espirituais que o povo e o clero, o elegeram bispo, convidando-o para o cargo. Era uma decisão difícil, pois um bispo alçado da sua condição tinha que, obrigatoriamente abandonar a família para abraçar o clero. Mas não vacilou e aceitou a incumbência e desafios que ela lhe trazia. Foi sagrado bispo de Poitiers e lutou vigorosamente contra o arianismo. Debate após debate, com os hereges, a sua defesa da Fé foi-se tornando conhecida e o respeito pela  sua atuação cada vez maior.
 
Foi por este motivo chamado "o Atanásio do Ocidente". Como ele, Hilário foi perseguido pelos imperadores e sofreu o exílio. Enviado para o Oriente, não se sentiu derrotado. Aproveitou para estudar o grego e conhecer as comunidades cristãs mais antigas e os ensinamentos dos maiores sábios da Igreja, o que só fortaleceu a sua missão.
 
Corajoso, durante o exílio de cinco anos, escreveu livros  sobre a Santíssima Trindade, Comentários sobre os Salmos, e algumas obras cujos textos interpretou. Contribuindo intensamente para o desenvolvimento da teologia da revelação.
 
Hilário ficou muito impressionado pela liturgia oriental. Compôs hinos litúrgicos para familiarizar os fiéis com a teologia e mantê-los mais intimamente unidos às celebrações. Pastor zeloso, procurou, ao retornar para sua diocese na França, oferecer ao seu rebanho o que de melhor aprendera neste período de exílio.
 
Mas nem por isso esqueceu a sua família. Ele mesmo ministrou o sacramento do matrimônio a sua filha e a esposa ingressou num mosteiro, com o seu auxílio e aprovação.
 
Uma conhecida frase sua demonstra bem a coragem e a valentia com que viveu e atuou, enfrentando hereges e poderosos: "Enganam-se os que acreditam que me farão calar. Falarei pelos escritos e a palavra de Deus, que ninguém pode aprisionar, voará livre".
 
Faleceu no ano de 367, quando passou a ser venerado como santo logo após o seu último suspiro.
 
O Papa Pio IX, canonizou-o e honrou-o com o título de "Doutor da Igreja", confirmando a sua celebração para o dia 13 de janeiro.

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